Bitcoin e Ethereum se aproximam de recordes em meio a novo ciclo de alta
O mercado de criptomoedas vive mais uma fase de valorização expressiva. Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), os dois principais criptoativos do mundo, vêm se aproximando rapidamente de suas máximas históricas, impulsionados por fatores macroeconômicos, entrada de capital institucional e avanços tecnológicos no setor.
No caso do bitcoin, a máxima histórica registrada foi de aproximadamente US$ 69 mil em novembro de 2021. Já o Ethereum atingiu seu pico pouco acima dos US$ 4.800 no mesmo período. Em agosto de 2025, ambos os ativos estão negociando muito próximos desses patamares, reacendendo o interesse do investidor global.
O que está por trás da nova alta das criptomoedas
Diversos elementos vêm contribuindo para o novo movimento de alta no mercado cripto, tanto no bitcoin quanto no ethereum. Entre os principais fatores:
1. Adoção institucional e ETFs de bitcoin
A aprovação dos ETFs à vista de bitcoin nos Estados Unidos, em janeiro de 2024, foi um marco regulatório. Desde então, gestoras como BlackRock e Fidelity captaram bilhões de dólares em produtos que oferecem exposição direta ao BTC, o que impulsionou o preço do ativo ao aumentar a demanda institucional.
O fluxo constante de entrada líquida nesses fundos mostra uma crescente confiança do mercado tradicional nas criptomoedas como reserva de valor e ativo de diversificação.
2. Halving do Bitcoin em 2024
O halving — evento que reduz pela metade a recompensa dos mineradores de bitcoin — aconteceu em abril de 2024. Historicamente, os ciclos de valorização mais intensos ocorrem nos 12 a 18 meses seguintes ao halving, em função da redução da oferta de novos bitcoins no mercado.
Esse movimento tende a pressionar o preço para cima, especialmente em momentos de aumento da demanda, como o atual.
3. Atualizações na rede Ethereum
O Ethereum também passou por melhorias importantes em sua rede, como a atualização Dencun (em 2024), que reduziu custos e aumentou a escalabilidade das transações. A consolidação da transição para o modelo proof-of-stake também fortaleceu a atratividade do ETH como criptoativo mais eficiente e menos poluente em comparação ao bitcoin.
Além disso, a crescente adoção de soluções de segunda camada (Layer 2), como Arbitrum e Optimism, expandiu o ecossistema Ethereum sem comprometer a segurança e descentralização.
4. Fatores macroeconômicos e política monetária
Com os bancos centrais sinalizando cortes de juros — especialmente nos EUA e Europa — o apetite por ativos de risco voltou a crescer. Criptomoedas, frequentemente associadas a ativos alternativos, voltaram a atrair investidores em busca de maior retorno em um cenário de juros real mais baixos.
A desvalorização do dólar também favorece ativos escassos e globais, como o bitcoin.
Como estão os preços atuais de BTC e ETH
Até meados de agosto de 2025, os preços médios observados são:
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Bitcoin (BTC): US$ 67.400
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Ethereum (ETH): US$ 4.520
Ambos os ativos estão a menos de 5% de suas máximas históricas registradas em 2021, o que indica uma possível quebra de recorde nas próximas semanas, caso o cenário de otimismo se mantenha.
Expectativas do mercado e projeções
Analistas apontam que, se o bitcoin romper sua máxima histórica, o movimento pode desencadear um efeito de “price discovery”, quando o mercado passa a negociar o ativo sem referências anteriores. Isso pode levar a novos picos de preço, impulsionados por compras técnicas e entradas especulativas.
No caso do ethereum, a valorização pode ser ainda mais expressiva com o avanço das aplicações descentralizadas (DeFi), NFTs e contratos inteligentes, setores que seguem se expandindo dentro do ecossistema.
Principais riscos para investidores
Apesar do otimismo, o mercado de criptomoedas continua altamente volátil e exposto a riscos relevantes. Os principais são:
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Regulação: mudanças na postura de governos e agências reguladoras podem afetar o preço dos ativos.
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Segurança cibernética: falhas em protocolos, hacks e golpes ainda ocorrem com frequência.
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Correções abruptas: após grandes altas, o mercado costuma realizar lucros, provocando quedas acentuadas.
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Liquidez e concentração: grandes movimentações de baleias (investidores com grandes volumes) podem distorcer o mercado.
Como investir em bitcoin e ethereum com segurança
Para quem deseja se expor a esses ativos, algumas boas práticas são fundamentais:
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Escolher uma corretora confiável: priorize exchanges reguladas no Brasil (como Mercado Bitcoin e Foxbit) ou internacionais com boa reputação (como Binance, Kraken ou Coinbase).
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Utilizar carteiras seguras: após a compra, considere transferir os ativos para carteiras privadas (wallets), fora da corretora.
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Diversificar o portfólio: nunca concentre grande parte do patrimônio em criptomoedas.
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Estudar o mercado: entenda os ciclos, fundamentos e riscos antes de investir.
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Evitar alavancagem: operar com margem amplia riscos e pode causar perdas severas.
Criptomoedas e renda variável: qual a correlação?
Embora as criptomoedas sejam consideradas uma classe de ativo separada, existe correlação moderada com o mercado de ações, principalmente com índices como o Nasdaq. Isso se intensifica em períodos de alta liquidez global ou apetite por risco.
No entanto, o comportamento do BTC e do ETH também responde a fatores próprios, como ciclos de halving, desenvolvimento de rede e eventos de governança.
O que observar nos próximos meses
Investidores e analistas estarão atentos a:
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Romper ou não as máximas históricas de BTC e ETH.
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Fluxo de capital nos ETFs de bitcoin nos EUA.
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Atualizações futuras na rede Ethereum e seu impacto no custo das transações.
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Desempenho das stablecoins e tokenização de ativos no ecossistema.
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Sinais da política monetária do Fed e o impacto no dólar.