Bolsa brasileira já subiu muito? Morgan ainda visualiza alta e elege 12 ações favoritas

Apesar da valorização maior a 15% do Ibovespa no ano, o Morgan Stanley continua positivo com os ativos locais. Para analistas, o momentum positivo, a redução das taxas de juros, o baixo posicionamento dos investidores e as avaliações ainda atrativas são fatores que sustentam o potencial de valorização das ações brasileiras.

O Morgan enfatiza que a correlação entre o ímpeto global e o MSCI Brasil nos últimos três meses está próxima das máximas recentes, o que tende a impulsionar o mercado local.

Além disso, tarifas mais baixas, em comparação a outros mercados globais, e uma economia resiliente em meio a uma tendência de diversificação entre gestores de ativos globais colocaram as ações brasileiras em uma posição vantajosa, na visão do Morgan. A desvalorização do dólar americano também aumenta as chances de alta para os ativos da América Latina.

Ainda que o desempenho acumulado das ações brasileiras no ano (+19% em dólares, com o real representando cerca de +9%) em moeda forte seja expressivo, Morgan recomenda que investidores de médio e longo prazo não se desencorajem a aumentar sua exposição, considerando que o desempenho recente ocorre após anos de desempenho inferior, estando ainda abaixo do desempenho dos pares regionais, como Colômbia (+35%), México (+28%) e Chile (+27%).

De acordo com o banco, os ganhos recentes pouco alteraram a diferença acumulada nos últimos cinco anos e meio, período em que o Brasil claramente ficou atrás, influenciado também por uma desvalorização de cerca de 30% do real.

O Morgan ressalta que o Ibovespa é mais sensível às variações nas taxas de juros do que o MSCI Brasil, o que é relevante para entender o perfil do investidor marginal no mercado brasileiro, seja ele global ou local. Enquanto o MSCI Brasil tem maior exibição a ações financeiras — principalmente Nubank e XP, que são listadas nos EUA e não fazem parte do Ibovespa —, o índice local tem uma exposição significativamente maior a setores domésticos como serviços públicos e bens de consumo discricionários, o que explica em parte suas diferenças de desempenho.

Por fim, a análise do Morgan destaca que, no cenário atual, ganham destaque setores como:

  • bancos, com Nubank (BDR: ROXO34), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4);
  • serviços financeiros, com BTG Pactual (BPAC11), B3 (B3SA3) e XP Inc. (BDR: XPBR31);
  • serviços públicos, com Eletrobras (ELET3) e Sabesp (SBSP3);
  • petróleo, com PetroRio (PRIO3) e Petrobras (PETR4);
  • agricultura, com JBS (JBSS3).
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